segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Texto 1 Proibir publicidade resolve os problemas?

Em vez de pensar em novas leis para regular publicidade, a ação eficaz é fazer com que aquelas já existentes sejam efetivamente cumpridas.

Diariamente são divulgados estudos que mostram o quanto a população está sujeita a riscos.  De danos causados pelo consumo excessivo de sal ao uso de celulares, exemplos mostram o quanto é arriscado viver nos dias de hoje. Vivemos a era da informação, com os seus benefícios e dilemas.
Nesse cenário, entra a publicidade, que, se por um lado nos traz informação, por outro gera polêmica quando voltada a crianças e adolescentes. Mas será que proibir a publicidade de alimentos e bebidas acabará com a obesidade e com o consumo de álcool?  Será que, extinguindo a publicidade, desaparece o desejo de consumir das crianças e adolescentes? Será que, sem propaganda, os problemas desaparecerão, ou estamos enxergando só a ponta do iceberg ao atacar um suposto causador de um problema bem mais complexo?
É evidente que crianças e adolescentes merecem atenção e cuidados especiais e que têm direito a proteção enquanto consumidores, mas exemplos mostram que proibir não é a melhor solução. Toda proibição, além de não inibir o consumo, gera distorções econômicas e sociais, e o maior prejudicado é o consumidor, seja ele criança, adolescente ou adulto.
Em vez de pensar em novas leis (e há mais de 200 projetos sobre o assunto em tramitação no Congresso), a ação eficaz é fazer com que as já existentes sejam efetivamente cumpridas, como a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.
No mercado de publicidade, vale lembrar a experiência bem-sucedida do CONAR, que tira do ar anúncios de empresas que infringem os códigos de autorregulamentação acordados por diversos setores da nossa economia.
A publicidade destinada ao público infantil não fica fora desse contexto. Recentemente, a Associação Brasileira de Anunciantes, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e 26 empresas assinaram um compromisso público que trata da comunicação de alimentos e bebidas dirigida ao público infantil, mostrando que setores organizados podem propor códigos específicos, seguidos de forma voluntária, com maior eficiência.
Vale ainda recordar os exemplos de melhoria na qualidade de vida das pessoas quando bem informadas, resultante de campanhas na mídia patrocinadas por empresas privadas, que ajudaram no desenvolvimento de políticas públicas de educação, de saúde, de higiene, de prevenção do uso de drogas e do consumo de álcool.
Sem dúvida, o papel decisivo na educação de crianças e adolescentes cabe aos pais e às famílias. Essa tarefa não pode ser terceirizada ou delegada. Em vez de buscar “culpados” para os problemas sociais, é muito mais produtivo agir na consolidação de uma sociedade livre, educada, informada e capaz de tomar suas próprias decisões sem a tutela do Estado.
É preciso educar nossos jovens para o consumo consciente, de forma a dar a eles poder para que, ao se tornarem adultos, possam exercer sua liberdade da maneira mais responsável possível.
Postado 21/06/201 –  Jornal: Folha de São Paulo - PATRICIA BLANCO  presidente do Instituto Palavra Aberta.

1.      Assinale a alternativa que indica a temática do texto:
a)      O papel da família na educação das crianças.
b)      A influência da publicidade no consumo de álcool e alimentos entre os adolescentes
c)      A publicidade infantil não deve ser controlada.
d)     A educação consciente é tarefa dos pais.

2.      Assinale a alternativa em que fica evidente a posição da autora do texto:
a)      Proibir não é solução.  É preciso educar nossos jovens para um consumo consciente.
b)      A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e 26 empresas assinaram um compromisso público que trata da comunicação de alimentos e bebidas dirigida ao público infantil.
c)      Vivemos a era da informação.
d)     Extinguindo a publicidade desaparece o desejo de consumir das crianças e adolescentes.

3.      Assinale a alternativa cuja ideia condiz com o texto
a)      A publicidade se destina apenas ao público infantil.
b)      É preciso criar leis e torna-las mais eficazes de modo a serem cumpridas
c)      As crianças e os adolescentes não merecem atenção especial e direito a proteção enquanto consumidores
d)     O CONAR tira do ar anúncios de empresas que infringem os códigos de autorregulamentação acordados por diversos setores.

4.      Assinale a cuja ideia não condiz com o texto.
a)      Proibir a propaganda evita o consumo de bebidas alcóolicas e acabará com a obesidade
b)      Toda proibição gera distorções econômicas e sociais.
c)      A publicidade nos traz informações, mas também gera polêmicas.
d)     É preciso educar nossos jovens para o consumo consciente

5.      Na conclusão a autora defende a ideia de que:
a)      Os jovens devem ser educados para o consumo consciente
b)      Os jovens não podem ter direito de tomar suas próprias decisões.
c)      A educação só é tarefa da escola.
d)     Os jovens são todos irresponsáveis.

6.      Assinale a alternativa que indica a finalidade de um artigo de opinião
a)      Informar
b)      Divertir
c)      Convencer de um ponto de vista
d)     Orientar

7.      Leia as afirmativas a seguir e componha a resposta certa assinalando:
I.                   O suporte do texto é o jornal Zero Hora
II.                A autora é Patrícia Blanco
III.             O assunto é de interesse apenas dos empresários
IV.             O texto busca responder a pergunta do título.
a)      Estão corretas as afirmativas I e II
b)      Estão corretas as afirmativas III e IV
c)      Estão corretas as afirmativas II e IV
d)     Todas as afirmativas estão corretas.

8.      “Mas será que proibir a publicidade de alimentos e bebidas acabará com a obesidade e com o consumo de álcool? Os verbos em destaque estão empregados em que tempo e modo?
a)      Presente do indicativo
b)      Pretérito perfeito do indicativo
c)      Futuro do presente do indicativo

d)     Futuro do pretérito do indicativo
Um Pé de Milho.

Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim - mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.
Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais - mas é diferente.
Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na lógica de seu crescimento, tal como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, parecia um galo cantando.
Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.
BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 36. ed. Rio de Janeiro: Record, 2013.
1.      Assinale a alternativa que indica o fato que desencadeou a crônica:
a)      A ida dos americanos a lua.
b)      A descoberta de um pé de milho na lua
c)      A descoberta de um pé de milho no quintal do narrador
d)     A visita de um amigo

2.      Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. A conjunção em destaque é:
a)      Coordenada sindética aditiva
b)      Coordenada sindética adversativa
c)      Coordenada sindética alternativa
d)     Coordenada sindética explicativa

3.      Mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa.  O referente da expressão em destaque na frase anterior é:...o pé de milho...............................................................

4.      Procure no dicionário o significado da palavra exíguo e coloque aqui apenas uma  palavra que é sinônima:
.pequeno..................................................................

5.      A crônica pode ser um gênero híbrido, que mistura narração e argumentação.  Nessa há o predomínio da narrativa.  Assinale a alternativa que indica o foco e o tipo de narrador dessa crônica:
a)      1ª narrador protagonista
b)      1ª narrador testemunha
c)      3ª narrador observador
d)     3ª narrador testemunha

6.      Assinale a alternativa em que não aparece uma comparação:
a)      o pé de milho parecia um cavalo empinado.
b)       parecia um galo cantando.
c)       Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.
d)      Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar.

7.      Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente na frase a seguir: “Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.”
a)      Metáfora
b)      Personificação
c)      Hipérbole
d)     Pleonasmo

8.      Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente na frase a seguir: “Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar.”
a)      Metáfora
b)      Personificação
c)      Hipérbole
d)     Pleonasmo

9.      Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.  Assinale a alternativa que indica a correta classificação da conjunção em destaque na frase anterior.
a)      Conjunção subordinada adverbial temporal
b)      Conjunção subordinada adverbial condicional
c)      Conjunção subordinada adverbial final
d)     Conjunção subordinada adverbial proporcional

10.  Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana. Os  verbos em destaque classificam-se respectivamente como  verbos de:
a)      Ação – ação
b)      Estado – fenômeno da natureza
c)      Estado – ação
d)     Fenômeno da natureza – fenômeno da natureza

11.  Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana Assinale a alternativa que indica a correta classificação da conjugação dos verbos em destaque, respectivamente:
a)      1ª conjugação
b)      2ª conjugação
c)      3ª conjugação
d)     4ª conjugação

12.  Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.  Assinale a alternativa que indica o tempo e modo dos verbos em destaque na frase anterior:
a)      Presente do indicativo – presente do subjuntivo
b)      Pretérito imperfeito do indicativo  - pretérito imperfeito do indicativo
c)      Pretérito imperfeito do indicativo  - pretérito perfeito do indicativo
d)     Presente do subjuntivo – imperfeito do subjuntivo

13.  Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana
a)      Coordenada sindética aditiva
b)      Coordenada sindética adversativa
c)      Coordenada sindética alternativa
d)     Coordenada sindética explicativa

14.  Todas acentuam-se pela mesma regra, exceto;
a) número
b) esplêndido
c) inevitável
d) máquina

15. No final
a) o narrador cortou o pé de milho
b) sentiu-se feliz como um rico lavrador.
c) sentiu-se um homem medíocre

d) estava triste por ter que estar atrás de uma máquina de escrever

terça-feira, 19 de maio de 2015

Texto 1 Poluição, principal causa de doenças.
            (...) A origem da forte elevação da poluição na China é a rápida industrialização e o processo acelerado de urbanização dos últimos 30 anos.  Entre 2000 e 2006, o número de habitantes das cidades aumentou em 120 milhões, para um total de 580 milhões, o que significa maior demanda por transporte e consumo.
            O grande problema é que a principal fonte da energia para sustentar esse ritmo de expansão é o carvão, o mais poluente dos combustíveis fósseis.  (...)
            Como resultado desse cenário, 70% dos rios, lagos e reservatórios da China apresentam algum grau de poluição, 30% do seu território recebe chuva ácida e 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo estão dentro de suas fronteiras.
            No ano passado o Banco Mundial divulgou estudo segundo o qual a poluição provoca prejuízos anuais equivalentes a 5,8% do PIB chinês, algo como U$$ 200bilhões.  A maior parte – 4,3% do PIB – diz respeito a morte prematura de pessoas decorrente da má qualidade do ar ou da água.  O 11,5% restante é relacionado a danos materiais.
            Muitos dos milhares de protestos ocorreram no interior da China e a cada ano são provocados por camponeses que perdem suas lavouras em razão da poluição dos rios e da terra por projetos industriais.
A integração de 1,3 bilhão de pessoas ao mercado consumidor global é um processo que traz danos ambientais imensos.  A cada dia, os chineses usam 3 bilhões de sacolas plásticas, a maioria das quais são descartadas de maneira imprópria.
A utilização de 45 bilhões de pares de palitos descartáveis (usados como talheres) a cada ano gera um pequeno desastre ecológico, com a derrubada de 25 milhões de árvores. (...)
O governo chinês sabe que a poluição e a exaustão dos recursos naturais são uma ameaça à própria manutenção do atual ritmo de crescimento econômico. (...)

Cláudia Trevisan. Poluição, principal causa de doenças.  Portal do Estadão. 11/07/2012

1.      Assinale a alternativa que indica a ideia central defendida pelo texto.
a)      A poluição provoca mortes
b)      Os lagos, rios e reservatórios estão contaminados.
c)      A poluição na China é fruto da rápida industrialização e do processo acelerado de urbanização.
d)     O carvão é o principal poluente.

2.      Assinale a alternativa cuja ideia não condiz com o texto.
a)      O uso do carvão pela indústria é uma das fontes causadoras de poluição.
b)      O uso do carvão pela indústria provoca contaminação de 70% dos rios, lagos e reservatórios da China.
c)      O uso do carvão pela indústria é responsável por 30% da chuva ácida no território chinês
d)     Segundo o Banco Mundial a poluição não provoca prejuízos.

3.      Assinale a alternativa que aponta um fato que desencadeou as diversas consequências.
a)      As chuvas ácidas provocam diversos prejuízos.
b)      A integração de 1,3 bilhões de pessoas ao mercado consumidor global é um processo que traz danos ambientais imensos.
c)      Milhares de protestos ocorreram no interior da China em função das perdas das lavouras.
d)     O uso do carvão como principal fonte de energia.

4.      Assinale a alternativa cuja ideia que condiz com o texto.
a)      Entre 2000 e 2006, o número de habitantes das cidades aumentou em 580 milhões, para um total de 120 milhões, o que significa maior demanda por transporte e consumo.
b)      Como resultado desse cenário, 30% dos rios, lagos e reservatórios da China apresentam algum grau de poluição, 70 % do seu território recebe chuva ácida.
c)      A integração de 1,3 bilhão de pessoas ao mercado consumidor global é um processo que traz danos ambientais imensos.  A cada dia, os chineses usam 3 bilhões de sacolas plásticas.
d)     A utilização de 25 bilhões de pares de palitos descartáveis (usados como talheres) a cada ano gera um pequeno desastre ecológico, com a derrubada de 45 milhões de árvores.

5.      Leia as afirmativas e componha a resposta certa assinalando:
I.                   O texto está em linguagem conotativa.
II.                O suporte do texto é o Portal Estadão.
III.             A finalidade do texto é divertir
IV.             O aumento populacional desordenado pode levar a exaustão dos recursos naturais.
a)      Se as alternativas I e II estiverem corretas.
b)       Se as alternativas III e IV estiverem corretas
c)      Se as alternativas II e a IV estiverem corretas
d)     Se todas as alternativas estiverem corretas.

Texto: 2   Os povos indígenas e o meio ambiente
     Mesmo não sendo “naturalmente ecologistas”, aos povos indígenas se deve reconhecer o crédito histórico de terem manejado os recursos naturais de maneira branda. Souberam aplicar estratégias de uso dos recursos que, mesmo transformando de maneira durável seu ambiente, não alteraram os princípios de funcionamento e nem colocaram em risco as condições de reprodução deste meio.
      Muitas vezes somos levados a pensar que as sociedades indígenas que vivem nas florestas tropicais são povos isolados, intocados, e que vivem “em harmonia” com os seus ambientes. A dificuldade em se compreender as concepções e as práticas indígenas relacionadas ao “mundo natural” e a tendência em aprisionar estes modos de vida extremamente complexos e elaborados na imagem idealizada de uma relação harmônica homem-natureza são exemplos de etnocentrismo.
      A visão dos índios como homens "naturais", defensores inatos da natureza, deriva de uma concepção de natureza que é própria ao mundo ocidental moderno: a natureza como algo que deve permanecer intocado, alheio à ação humana. Mas o que os povos indígenas têm a dizer sobre o assunto é bem diferente.
      As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele. Porém, se algo parece comum a todos eles, é a ideia de que o “mundo natural” é antes de tudo uma ampla rede de inter-relações entre agentes, sejam eles humanos ou não-humanos. Isto significa dizer que os homens estão sempre interagindo com a “natureza” e que esta não é jamais intocada. Os Yanomami, por exemplo, utilizam a palavra urihi para se referir a "terra-floresta": entidade viva, dotada de um "sopro vital" e de um "princípio de fertilidade" de origem mítica. Urihi é habitada e animada por espíritos diversos, entre eles os espíritos dos pajés yanomami, também seus guardiões.
      A sobrevivência dos homens e a manutenção da vida em sociedade, no que diz respeito, por exemplo, à obtenção dos alimentos e a proteção contra doenças, depende das relações travadas com esses espíritos da floresta. Dessa maneira, a natureza, para os Yanomami, é um cenário do qual não se separa a intervenção humana.
      Apesar de não serem "naturalmente ecologistas", os índios têm consciência da sua dependência – não apenas física, mas, sobretudo cosmológica – em relação ao meio ambiente. Em função disso, desenvolveram formas de manejo dos recursos naturais que têm se mostrado fundamentais para a preservação da cobertura florestal no Brasil.
       Trata-se de um fato visível nas regiões onde o desmatamento tem avançado com maior rapidez, como nos estados do Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará. Em levantamento do INEP (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), por exemplo, as Terras Indígenas aparecem como verdadeiros oásis de florestas.
É fato que muitos povos indígenas, como os Suruí, Cinta-Larga e os Kayapó, tenham se atrelado ativamente a formas predatórias de exploração dos recursos naturais hoje em vigor na Amazônia, fazendo alianças principalmente com empresas madeireiras. Todavia, é preciso reconhecer que eles o fizeram submetido a pressões concretas, contínuas, ilegais e como sócios menores desses negócios.
......Hoje e no futuro, é preciso procurar mecanismos para potencializar as chances de os índios equacionarem favoravelmente o domínio de terras extensas com baixa demografia. Um desses mecanismos são as ainda incipientes formas de articulação de projetos indígenas com estratégias não indígenas de uso sustentado de recursos naturais, sejam públicas ou privadas.
ISA – Instituto Socioambiental. Índios e Meio Ambiente.  Portal Povos Indígenas. -  08 de Junho de 2010
6.      Assinale  a alternativa que indica a temática do texto.
a)      As sociedades indígenas que vivem nas florestas tropicais são povos isolados, intocados.
b)      Os povos indígenas são naturalmente ecologistas, pois sabem manejar os recursos naturais de forma branda.
c)      A visão dos índios como homens "naturais",  deriva de uma concepção de natureza própria do mundo ocidental.
d)     Cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente

7.       Assinale a alternativa que indica os créditos históricos que devemos dar aos povos indígenas
a)      De viverem isolados.
b)      De manejarem os recursos naturais de maneira branda.
c)      De conceberem a natureza como algo que deve ser intocado.
d)     De praticarem um extrativismo exagerado.

8.      Assinale a alternativa que não condiz com a visão de mundo indígena.
a)      As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele
b)       Eles concebem a natureza como algo intocável.
c)      A natureza, para os Yanomami, é um cenário do qual não se separa a intervenção humana.
d)     Os índios têm consciência da sua dependência – não apenas física, mas sobretudo cosmológica – em relação ao meio ambiente.

9.      No final o texto sugere que:
a)      O uso das terras indígenas seja destinado à agricultura e à pecuária.
b)      Os índios devem resolver o problema de baixa demografia.
c)      Seja potencializado o uso não sustentável dos recursos naturais.
d)     Em extensas áreas de terras com baixa demografia, sejam articuladas estratégias indígenas de uso sustentado dos recursos naturais.

10.  Em todas as alternativas se evidenciam práticas de utilização de recursos naturais de maneira sustentável, exceto na alternativa:
a)      Os Yanomami, por exemplo, utilizam a palavra Urihi para se referir a "terra-floresta": entidade viva, dotada de um "sopro vital" e de um "princípio de fertilidade" de origem mítica.
b)      Os índios têm consciência da sua dependência – não apenas física, mas, sobretudo cosmológica – em relação ao meio ambiente. Em função disso, desenvolveram formas de manejo dos recursos naturais que têm se mostrado fundamentais para a preservação da cobertura florestal no Brasil.
c)      A natureza, para os Yanomami, é um cenário do qual se separa a intervenção humana.
d)     A sobrevivência dos homens e a manutenção da vida em sociedade, no que diz respeito, por exemplo, à obtenção dos alimentos e a proteção contra doenças, depende das relações travadas com esses espíritos da floresta.

11.  Na frase: “As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele.” O pronome em destaque- ele -  está no lugar de um substantivo(nome) anteriormente citado para impedir repetição.  Assinale a alternativa que indica qual é esse termo anteriormente citado.
a)      Indígenas
b)      Natureza
c)      Povo
d)     Meio ambiente.

12.  Considere a frase: “As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele.”  E, indique a alternativa que indica a correta conjugação verbal dos verbos em destaque na frase anterior.
a)      1ª, 2ª, 1ª, 2ª e 3ª
b)      2ª, 3ª, 1ª, 2ª e 1ª
c)      1ª, 2ª, 1ª, 2ª e  2ª
d)      1ª, 2ª, 2ª, 2ª e  2ª