sexta-feira, 30 de agosto de 2013

atividades de interpretação e


Texto 1  Madrigal

José Paulo Paes

Meu amor é simples, Dora

Como a água e o pão

 

Como um céu refletido

Nas pupilas de um cão.

 

1.       Leia as afirmativas e componha a resposta correta assinalando:

I.                    O  sujeito o primeiro verso é o amor e se classifica como sujeito simples.

II.                  No 2º verso há uma comparação do amor a simplicidade da água e do pão.

III.                O poema possui 2 estrofes.

IV.                O sujeito da 2ª estrofe ainda é o amor

V.                  Na 2ª estrofe também há uma comparação

 

a)      Todas as afirmativas estão corretas.

b)      Somente a alternativa III está correta

c)       Somente as alternativas I, II e V estão corretas

d)      Nenhuma alternativa está correta.

 

Texto 2  O amor quando se revela...

                                                                              Fernando Pessoa

O amor quando se revela

Não sabe se revelar

Sabe bem olhar p’ra ela

Mas não lhe sabe falar

 

Quem quer dizer o que sente

Não sabe o que há de dizer

Fala: Parece que mente

Cala: Parece esquecer

 

Ah!  Mas se ela adivinhasse

Se pudesse ouvir o olhar

E se um olhar lhe bastasse

P’ra saber que a estão a amar

 

2.       Assinale a alternativa em que não há relação as duas primeiras estrofes do poema.

a)      Referem-se a (s) pessoa(s) apaixonadas.

b)      Mostram o drama interno vivido por quem ama

c)       Indicam que revelar o amor a pessoa amada é muito difícil.

d)      Mostram a importância entre calar e falar

 

3.       Assinale a alternativa que indica o modo verbal que predomina nas duas primeiras estrofes do poema.

a)      Indicativo

b)      Subjuntivo

c)       Imperativo

d)      Nenhum

 

4.       Assinale a alternativa que indica o tempo e modo dos verbos adivinhasse e batesse da 3ª estrofe.

a)      Presente do indicativo

b)      Pretérito perfeito do indicativo

c)       Presente do subjuntivo

d)      Imperfeito do subjuntivo

 

5.       Assinale a alternativa que indica a correta figura de linguagem que aparece nos dois primeiros versos do poema : “O amor quando se revela

Não sabe se revelar”

a)      Paradoxo e contradição

b)      Metáfora e contradição

c)       Comparação e contradição

d)      Eufemismo e contradição

 

Texto 3  - Chapeuzinho amarelo – Chico Buarque de Holanda

                ....

O lobo ficou chateado

de ver aquela menina

olhando pra cara dele,

só que sem o medo dele.

Ficou mesmo envergonhado,

triste, murcho e branco azedo,

porque um lobo, tirado o medo,

É um arremedo de lobo

É feito um lobo sem pelo

Lobo pelado.

6.       Leia as afirmativas que se referem ao texto 3 e componha a resposta certa assinalando.

I.                    O texto faz uma relação intertextual com o original.

II.                  A história de Chapeuzinho vermelho é atualizada por Chico Buarque

III.                O texto não foi parodiado, porque segue exatamente a ideia original do texto.

 

a)      Todas as afirmativas estão corretas.

b)      Somente a alternativa III está correta

c)       Somente as alternativas I  e II estão corretas

d)      Nenhuma alternativa está correta.

 

Texto 4 Dia do Vizinho

Martha Medeiros  - ZH - 24/04/2013


              As redes sociais são mesmo sociais? Temos testemunhado uma eletrizante troca de informações entre smartphones, mas socializar, pra valer, exige mais dedicação do que uma simples teclada. É por isso que um movimento está sendo articulado na Inglaterra por um grupo de simpatizantes do olho no olho. Eles estão tentando implementar por lá o Neighborday, ou o Dia do Vizinho. A data proposta é agora, dia 27 de abril.

             No prédio em que eu morava anteriormente, tive três vizinhas de quem fiquei amiga: a Dedé, com quem ainda cruzo pelas ruas, a Heloisa, que hoje vive na Suécia, e a Bebel, que durante anos ilustrou minha página no ZH Donna. No prédio em que moro atualmente, há aqueles com quem tenho alguma afinidade, uma história já compartilhada, mas não sei o nome de todos e já passei alguns vexames por causa disso. Minha interação, se é que se pode chamar assim, acontece basicamente no elevador e na garagem: nunca fiz visitas, nem os convidei a virem ao meu apartamento.

               Não sei se entre eles há o costume de confraternizarem, de darem uma esticadinha juntos após a reunião de condomínio. Se sim, é louvável, mas não estou reivindicando inclusão. Me sentiria parte de um sindicato, de uma agremiação, de uma confraria, e vim ao mundo sem esse perfil comunitário. Não chega a ser um defeito de caráter, espero.
            Deve ser consequência desses tempos individualistas e apressados dos adultos. Quando criança, era diferente. Morava num pequeno edifício, numa rua tranquila, e conhecia toda a garotada, de esquina a esquina. Vivíamos soltos, brincávamos com argila, andávamos de bicicleta, frequentávamos a casa uns dos outros. Flavia, Miguel, Vera Lucia, Suzana, Artur, Roberta, Ovelha. Lembro de todos, a Flavia e o Miguel ainda vejo. Aquilo não era política de boa vizinhança, e sim um encontro espontâneo. Não se exigiam afinidades, boas maneiras, interesses comuns. Bastava uma Monareta e já ter feito a lição de casa para entrar para a gangue.

            Crescemos, e as cidades também. Ao menos nos grandes centros, os vizinhos já não deixam a porta destrancada, não há mais o ritual de colocar as cadeiras na calçada para tomar um chimarrão, e se pedirmos uma xícara de açúcar, um ovo, um fio de azeite, é capaz de soar como invasão de privacidade. Uma pena.
          Espero que ao menos esse hábito ainda esteja preservado, pois acho a parte mais bonita de se compartilhar o mesmo endereço: a troca, o pedir e o emprestar, o S.O.S. afetivo – quem já não ficou desprevenido e pediu para o vizinho um toco de vela ou licença para dar um telefonema? Nossa, deixe eu tirar o pó dos meus ombros. Sou do tempo em que se dava um telefonema na casa dos outros quando a nossa linha era cortada.

 Próximo sábado, então, será o primeiro dia do vizinho. Não sei se a proposta dos ingleses, que almejam estimular o mundo todo, vai pegar, mas encaro como uma simpática reivindicação por mais cordialidade real – não real no sentido monárquico do termo, mas real como a vida tem que ser, como a vida é, ou como já foi um dia.

 

7.      Assinale a alternativa que indica a  temática da crônica.

a)      As redes sociais

b)      Na era da tecnologia é preciso resgatar as relações cotidianas

c)      O dia do vizinho

d)      A tecnologia

 

8.      Assinale a alternativa que indica  o fato que desencadeou o início da crônica.

a)      Socializar-se requer mais que clicar, tanto que ingleses estão tentando implementar por lá o dia do vizinho.

b)      As redes sociais indicam uma maneira eletrizante de trocar informações

c)      Os vizinhos de  hoje não se conhecem

d)      Os vizinhos antigamente se visitavam e relacionavam mais

 

9.      Indique a alternativa cuja ideia não condiz com o texto

a)      Vivemos em tempos de individualismos e pressa

b)      As crianças de hoje em dia vivem se encontrando para vivenciarem brincadeiras ao ar livre

c)      As portas estão sempre trancadas

d)      Os vizinhos antigamente se relacionavam mais, apesar de nossa era digital.

 

10.  Assinale a alternativa que indica as únicas condições que as crianças de antigamente tinham para brincar.

a)      Possuir um smartphone para se socializar

b)      Estar articulado em redes sociais

c)      Possuir uma bicicleta e ter feito os temas

d)      Era só se encontrar com o grupo

 

Texto 5 Gripe aviária

Dois compadres estavam de prosa vendo a vida passar...

- Cumpadre, você viu que perigo essa gripe aviária? Tão matando todas as galinhas.

- Vi não, mas onde que tá dando isso?

- Na Ásia, cumpadre.

- Vixe, bem na parte que eu mais gosto!


 

Pirandello, um estudioso do humor, afirma que o efeito cômico acontece no momento em que o indivíduo tem uma sensação de estranhamento diante de um fato curioso.

Tendo isso em mente, leia as afirmações a seguir.

                                                          

I. O diálogo lido apresenta variante linguística desvinculada da norma padrão da língua, o que torna impossível a compreensão da piada.

II. O texto é cômico porque, ao mesmo tempo em que um dos interlocutores se referia às aves, o outro estava pensando na localização geográfica do problema citado.

III. A comicidade do texto aparece no momento em que o leitor percebe a relação estabelecida entre a palavra "aviária" e o sistema "viário" (conjunto de estradas).

 

11.  Está (ão) correta (s) a (s) afirmativa (s):

a) I e III, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, apenas.

d) II, apenas.

 

 

 

 

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