Texto 1 Madrigal
José Paulo Paes
Meu amor é simples, Dora
Como a água e o pão
Como um céu refletido
Nas pupilas de um cão.
1. Leia
as afirmativas e componha a resposta correta assinalando:
I.
O sujeito
o primeiro verso é o amor e se classifica como sujeito simples.
II.
No 2º verso há uma comparação do amor a
simplicidade da água e do pão.
III.
O poema possui 2 estrofes.
IV.
O sujeito da 2ª estrofe ainda é o amor
V.
Na 2ª estrofe também há uma comparação
a) Todas
as afirmativas estão corretas.
b)
Somente a alternativa III está correta
c)
Somente as alternativas I, II e V estão corretas
d) Nenhuma
alternativa está correta.
Texto 2 O amor quando se
revela...
Fernando
Pessoa
O amor quando se revela
Não sabe se revelar
Sabe bem olhar p’ra ela
Mas não lhe sabe falar
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer
Fala: Parece que mente
Cala: Parece esquecer
Ah! Mas se ela adivinhasse
Se pudesse ouvir o olhar
E se um olhar lhe bastasse
P’ra saber que a estão a amar
2. Assinale
a alternativa em que não há relação as duas primeiras estrofes do poema.
a)
Referem-se a (s) pessoa(s) apaixonadas.
b)
Mostram o drama interno vivido por quem ama
c)
Indicam que revelar o amor a pessoa amada é
muito difícil.
d) Mostram
a importância entre calar e falar
3. Assinale
a alternativa que indica o modo verbal que predomina nas duas primeiras
estrofes do poema.
a) Indicativo
b) Subjuntivo
c) Imperativo
d) Nenhum
4. Assinale
a alternativa que indica o tempo e modo dos verbos adivinhasse e batesse da 3ª
estrofe.
a)
Presente do indicativo
b)
Pretérito perfeito do indicativo
c)
Presente do subjuntivo
d) Imperfeito
do subjuntivo
5. Assinale
a alternativa que indica a correta figura de linguagem que aparece nos dois
primeiros versos do poema : “O amor quando se revela
Não sabe se revelar”
a) Paradoxo
e contradição
b) Metáfora
e contradição
c) Comparação
e contradição
d) Eufemismo
e contradição
Texto 3 - Chapeuzinho amarelo – Chico Buarque de
Holanda
....
O lobo ficou chateado
de ver aquela menina
olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado,
triste, murcho e branco azedo,
porque um lobo, tirado o medo,
É um arremedo de lobo
É feito um lobo sem pelo
Lobo pelado.
6. Leia
as afirmativas que se referem ao texto 3 e componha a resposta certa
assinalando.
I.
O texto faz uma relação intertextual com o
original.
II.
A história de Chapeuzinho vermelho é atualizada
por Chico Buarque
III.
O texto não foi parodiado, porque segue
exatamente a ideia original do texto.
a) Todas
as afirmativas estão corretas.
b) Somente
a alternativa III está correta
c) Somente
as alternativas I e II estão corretas
d) Nenhuma
alternativa está correta.
Texto 4 Dia do Vizinho
Martha
Medeiros - ZH - 24/04/2013
As redes sociais são mesmo
sociais? Temos testemunhado uma eletrizante troca de informações entre
smartphones, mas socializar, pra valer, exige mais dedicação do que uma simples
teclada. É por isso que um movimento está sendo articulado na Inglaterra por um
grupo de simpatizantes do olho no olho. Eles estão tentando implementar por lá
o Neighborday, ou o Dia do Vizinho. A data proposta é agora, dia 27 de abril.
No prédio em que eu morava
anteriormente, tive três vizinhas de quem fiquei amiga: a Dedé, com quem ainda
cruzo pelas ruas, a Heloisa, que hoje vive na Suécia, e a Bebel, que durante
anos ilustrou minha página no ZH Donna. No prédio em que moro atualmente, há
aqueles com quem tenho alguma afinidade, uma história já compartilhada, mas não
sei o nome de todos e já passei alguns vexames por causa disso. Minha
interação, se é que se pode chamar assim, acontece basicamente no elevador e na
garagem: nunca fiz visitas, nem os convidei a virem ao meu apartamento.
Não sei se entre eles há o costume de confraternizarem, de darem uma
esticadinha juntos após a reunião de condomínio. Se sim, é louvável, mas não
estou reivindicando inclusão. Me sentiria parte de um sindicato, de uma
agremiação, de uma confraria, e vim ao mundo sem esse perfil comunitário. Não
chega a ser um defeito de caráter, espero.
Deve ser consequência desses tempos individualistas e apressados dos adultos. Quando criança, era diferente. Morava num pequeno edifício, numa rua tranquila, e conhecia toda a garotada, de esquina a esquina. Vivíamos soltos, brincávamos com argila, andávamos de bicicleta, frequentávamos a casa uns dos outros. Flavia, Miguel, Vera Lucia, Suzana, Artur, Roberta, Ovelha. Lembro de todos, a Flavia e o Miguel ainda vejo. Aquilo não era política de boa vizinhança, e sim um encontro espontâneo. Não se exigiam afinidades, boas maneiras, interesses comuns. Bastava uma Monareta e já ter feito a lição de casa para entrar para a gangue.
Deve ser consequência desses tempos individualistas e apressados dos adultos. Quando criança, era diferente. Morava num pequeno edifício, numa rua tranquila, e conhecia toda a garotada, de esquina a esquina. Vivíamos soltos, brincávamos com argila, andávamos de bicicleta, frequentávamos a casa uns dos outros. Flavia, Miguel, Vera Lucia, Suzana, Artur, Roberta, Ovelha. Lembro de todos, a Flavia e o Miguel ainda vejo. Aquilo não era política de boa vizinhança, e sim um encontro espontâneo. Não se exigiam afinidades, boas maneiras, interesses comuns. Bastava uma Monareta e já ter feito a lição de casa para entrar para a gangue.
Crescemos, e as cidades também. Ao
menos nos grandes centros, os vizinhos já não deixam a porta destrancada, não
há mais o ritual de colocar as cadeiras na calçada para tomar um chimarrão, e
se pedirmos uma xícara de açúcar, um ovo, um fio de azeite, é capaz de soar
como invasão de privacidade. Uma pena.
Espero que ao menos esse hábito ainda esteja preservado, pois acho a parte mais bonita de se compartilhar o mesmo endereço: a troca, o pedir e o emprestar, o S.O.S. afetivo – quem já não ficou desprevenido e pediu para o vizinho um toco de vela ou licença para dar um telefonema? Nossa, deixe eu tirar o pó dos meus ombros. Sou do tempo em que se dava um telefonema na casa dos outros quando a nossa linha era cortada.
Espero que ao menos esse hábito ainda esteja preservado, pois acho a parte mais bonita de se compartilhar o mesmo endereço: a troca, o pedir e o emprestar, o S.O.S. afetivo – quem já não ficou desprevenido e pediu para o vizinho um toco de vela ou licença para dar um telefonema? Nossa, deixe eu tirar o pó dos meus ombros. Sou do tempo em que se dava um telefonema na casa dos outros quando a nossa linha era cortada.
Próximo sábado, então, será o primeiro dia do
vizinho. Não sei se a proposta dos ingleses, que almejam estimular o mundo
todo, vai pegar, mas encaro como uma simpática reivindicação por mais
cordialidade real – não real no sentido monárquico do termo, mas real como a
vida tem que ser, como a vida é, ou como já foi um dia.
7.
Assinale a alternativa que indica a
temática da crônica.
a) As redes sociais
b) Na era da
tecnologia é preciso resgatar as relações cotidianas
c) O dia do vizinho
d) A tecnologia
8.
Assinale a alternativa que indica
o fato que desencadeou o início da crônica.
a) Socializar-se
requer mais que clicar, tanto que ingleses estão tentando implementar por lá o
dia do vizinho.
b) As redes sociais
indicam uma maneira eletrizante de trocar informações
c) Os vizinhos de hoje não se conhecem
d) Os vizinhos
antigamente se visitavam e relacionavam mais
9.
Indique a alternativa cuja ideia não condiz com o texto
a) Vivemos em tempos
de individualismos e pressa
b) As crianças de hoje
em dia vivem se encontrando para vivenciarem brincadeiras ao ar livre
c) As portas estão
sempre trancadas
d) Os vizinhos
antigamente se relacionavam mais, apesar de nossa era digital.
10. Assinale a
alternativa que indica as únicas condições que as crianças de antigamente
tinham para brincar.
a) Possuir um
smartphone para se socializar
b) Estar articulado em
redes sociais
c) Possuir uma
bicicleta e ter feito os temas
d) Era só se encontrar
com o grupo
Texto
5 Gripe
aviária
Dois compadres estavam de prosa
vendo a vida passar...
- Cumpadre, você viu que perigo
essa gripe aviária? Tão matando todas as galinhas.
- Vi não, mas onde que tá dando
isso?
- Na Ásia, cumpadre.
- Vixe, bem na parte que eu mais
gosto!
Pirandello, um estudioso do
humor, afirma que o efeito cômico acontece no momento em que o indivíduo tem
uma sensação de estranhamento diante de um fato curioso.
Tendo
isso em mente, leia as afirmações a seguir.
I. O diálogo lido
apresenta variante linguística desvinculada da norma padrão da língua, o que
torna impossível a compreensão da piada.
II. O texto é cômico
porque, ao mesmo tempo em que um dos interlocutores se referia às aves, o outro
estava pensando na localização geográfica do problema citado.
III. A comicidade do
texto aparece no momento em que o leitor percebe a relação estabelecida entre a
palavra "aviária" e o sistema "viário" (conjunto de
estradas).
11. Está (ão) correta (s) a (s) afirmativa (s):
a) I e III, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) II, apenas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário