sexta-feira, 30 de agosto de 2013

prova bimestral


  Texto : 1  Eco e Narciso
Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno, que resolveu:
— De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. [...]
Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer nada, em silêncio.
Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava. Eco ficou louca por Narciso e o seguia por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala... [...] Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.
Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:
— Tem alguém aqui?
Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:
— Aqui! Aqui!
Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Chamou:
— Vem cá!
Ela repetiu:
— Vem cá! Vem cá!
[...]
O rapaz não desistiu:
— Vamos nos encontrar...
Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo, repetindo:
— Vamos nos encontrar...
Mas ele fugiu dela, gritando:
— Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!
A pobre Eco só podia repetir:
— Que você me toque... que você me toque...
E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros — isso que nós chamamos de eco.
Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:
— Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!
Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido. Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos — um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia, e muito fresco. Um lugar gostosíssimo.
Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede resolveu tomar um pouco d’água. Deitando na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que jamais vira. [...]
Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção.
Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago.
[...]
Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava
tão apaixonado. Chorou — e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.
— Ai de mim! — gemia ele.
A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:
— Ai de mim!
[...]
Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:
— Adeus!
Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:
— Adeus!
Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto.
Prepararam tudo para o funeral, mas, quando vieram pegar o corpo, não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.
 
Ana Maria Machado. In: O tesouro das virtudes para crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. p. 65-69.
 
  1. Assinale a alternativa correta em relação ao texto:
a)      Dizemos que uma pessoa narcisista é aquela que se considera bonita, vaidosa e orgulhosa
b)      Uma pessoa é narcisista porque ouviu a história de Narciso
c)      Narciso se apaixona por Eco
d)       Eco sempre foi e continua sendo muito tagarela
 
  1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao texto:
a)      Juno resolveu que a língua de Eco serviria o mínimo possível.
b) Entristecida vai para o fundo da caverna e morre, só restando sua voz.
c) Eco se apaixona por Narciso.
d) Narciso se apaixona por Eco.
 
  1. Leia as afirmativas a seguir sobre  a frase a seguir: “ Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los e componha a resposta certa assinalando: 
I.                    O sujeito da frase é Narciso
II.                 O referente do pronome pessoal do caso oblíquo los de encontra-los é amigos
III.               A conjunção mas é adversativa
IV.              A palavra belo  é um adjetivo, pois atribui uma qualidade ao Narciso
 
a)      Estão corretas apenas a alternativa I e IV
b)      Estão corretas apenas a alternativa II e IV
c)      Estão corretas apenas a alternativa III e IV
d)      Todas as alternativas estão corretas.
 
  1.   O texto  está escrito em que pessoa do discurso:
a) 1ª                b) 2ª                c) 3ª                d) 4ª
  1. O narrador é:


a)      Personagem
b)      Testemunha
c)      Onisciente
d)      Observador


  1. O   prefixo im na palavra: “impossível” possui sentido de:
a)      Direção           b) Intensidade              c) Negação      d) Movimento para dentro.
 
7. Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse.  Assinale a alternativa que indica o tempo e o modo do verbo em destaque na frase anterior.
           


a) presente do modo indicativo
            b) pretérito imperfeito do indicativo
            c) presente do subjuntivo
            d) pretérito imperfeito do subjuntivo


 
8. Assinale a alternativa que indica respectivamente a conjugação dos verbos sublinhados na frase a seguir: “Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar.”


a)      1ª, 3ª e 2ª
b)      2ª, 1ª e 1ª
c)      1ª, 2ª e 3ª
d)      1ª, 2ª e 2ª


 
Texto 2 Uma noite, um velho Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse, “Meu filho, a batalha é entre dois “ lobos” dentro de todos nós.
Um é Mal. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego
O outro é Bom. É alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.”
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô: “Qual lobo vence?”
O velho Cherokee simplesmente respondeu, “O que você alimenta.”
Internet
9. De acordo com o texto e correto afirmar que:
a)    um velho Cherokee contou ao neto que o lobo que sempre vence é o do mau.
b)    Segundo o velho dentro das pessoas se trava uma batalha entre dois lobos. Um que representa o mal e outro, o bem.
c)    O velho Cherokee respondeu que ele sempre deveria alimentar o bem.
d)    O vencedor das batalhas é sempre o sentimento mais controlado.
 
10.  A resposta do velho a “O que você alimenta.” evidencia que:


a)      não há opção a ser feita
b)      há duas opções e cada um faz escolhas
c)       há a possibilidade de opção só do bem
d)      há a possibilidade de opção só do mal


 
11. Quanto ao final do texto fica evidente que:
a)      a força do bem é a maior                                                           b) a força do mal é a maior
c)       a força maior é aquela que a pessoa alimenta d) a força maior é a sabedoria do velho.
 
12. Considerando o texto como uma história, conclui-se que é uma
a) fábula                             b)parábola                         c)editorial                          d) conto
 
13. Qual a finalidade desse tipo de texto:
a) entretenimento         b) reflexão                        c) ação                 d) moral
 
14. A temática do texto é:
a) o bem                             b) o mal               c) os sentimentos                          d)A conversa com o avô
 
15. Qual o canal, veículo ou suporte do qual o texto foi extraído?
a) jornal                              b) revista                            c) livro                                 d) internet
 
16. Uma noite, um velho Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse, “Meu filho, a batalha é entre dois ”lobos” dentro de todos nós.Qual o termo referido anteriormente pela expressão em destaque:
a) velho            b) neto             c) batalha                     d) pessoas
 
17.  Uma noite, um velho Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse, Meu filho, a batalha é entre dois ”lobos” dentro de todos nós.”   A frase em destaque encontra-se no texto entre aspas, pois:
a)indica que a idéia está confusa                                  b) indica uma fala ou diálogo
c) indica que o narrador fez uso da palavra                  d)quer reforçar uma idéia.
 
18. Uma noite, um velho Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas. Ele disse, Meu filho, a batalha é entre dois “lobos” dentro de todos nós.” A expressão em destaque esta empregada em que sentido da língua e significa:
a) denotativo- pavor                                             b) conotativo – forças
c) conotativo animal                                              d) denotativo - selvagem
 
Texto 3 - O Pato


Vinícius de Moraes/Toquinho
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
La vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
 


19. O motivo do pato ir para panela, foi:


a) Travessura.
b) Cautela.
c) Firmeza.
d)Confiança


.
 Texto 4 . -  Leia a piada abaixo para responder a questão 21:
Juquinha foi visitar o Museu Histórico. Aí, cansou de andar e sentou-se numa cadeira belíssima que estava no centro da sala. Veio o guarda:
- Meu filho, você não pode sentar aí. Esta cadeira é do Pedro I.
E o Juquinha:
- Não tem problema. Quando ele chegar eu me levanto!
Fonte: Lucas Samuel, Jaboatão/Pernambuco. Revista Ciência Hoje das crianças, nº 78 - Março/1998.
20.  O Pedro I da piada era:


a) Amigo do Juquinha.
b) Guarda do museu.
c) Professor de história.
d) Imperador do Brasil


 
21. No 2º parágrafo o travessão indica:


a) o narrador
b) a fala do Juquinha
c) a fala do guarda
d) o narrador é o museu


 
Texto 5. 1   -  Manual de etiqueta sustentável
50 Dicas para enfrentar o aquecimento global e outros desafios da atualidade.
“Passe adiante este manual. Discuta-o com os amigos, vizinhos, o pessoal do prédio.  Dissiminar as práticas aqui sugeridas é uma atitude sustentável. Depois de lido e discutido, recicle a revista. Ou faça origamis, calço de mesa. Aproveite o embalo para ajudar uma ONG. Melhor: invente sua própria ONG e cobre ações de seus representantes.  O futuro a gente faz agora”.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/cartilha/
Texto 5.2
“Nossas ideias comprometidas com o bem comum, são como sementes. Se as guardamos, nunca darão frutos. Se as distribuímos, estamos possibilitando que os outros as plantem e colham os frutos de um novo mundo, melhor e possível.”
Beatriz Dornelas          -          Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/
22. Os textos lidos tratam do mesmo assunto. Sobre o que eles falam:
a) A necessidade de plantar árvores.
b) A valorização da conversa entre os amigos.
c) Os cuidados que devemos ter ao plantar e colher.
d) A importância de partilhar ideias e práticas visando o bem comum.
 
23. Assinale a alternativa que indica o correto referente das expressões em destaque da frase a seguir: “Se as guardamos, nunca darão frutos. Se as distribuímos, estamos possibilitando que os outros as plantem e colham os frutos de um novo mundo.”


a) sementes
b) ideias
c) frutos
d) plantas


 
24. Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente na frase a seguir: “Nossas ideias comprometidas com o bem comum, são como sementes”.


a) metáfora
b) comparação
c) personificação
d) hipérbole


 
25. Se as distribuímos, estamos possibilitando que os outros as plantem e colham os frutos de um novo mundo. Assinale a palavra ( conjunção) que indica condição para disseminar as ideias:


a) se
b) as
c) os
d)um.


 

Texto 6 :   Câmeras na escola – ZH 04/06/2013 – Márcio Corso

Entrei na escola com cinco anos. Fui sempre o mais novo da turma, tinha entre um e dois anos menos do que os colegas. O físico tampouco ajudava, franzino e míope. Não venham me ensinar o que é bullying, sei o que é ir para a aula e enfrentar o pátio. Isso me tornou sensível a propostas que tentam diminuir o mal-estar na vida escolar. A discussão sobre o uso de câmeras nas escolas me tocou.
As câmeras de vigilância estão em todos os lugares. No começo, a novidade incomodava, evocava um mundo controlado, totalitário. Mas logo nos demos conta de que elas inibem e esclarecem crimes, ajudam em coisas  prosaicas como controlar o trânsito. É uma vigilância barata, segura, muitas mais virão.
Porém, a presença de câmeras na escola coloca outras questões. O objetivo seria o mesmo, proteger e prevenir. As intenções são louváveis, mas elas esquecem um fator fundamental: a escola é a primeira socialização não controlada pelos pais e é necessário que assim seja. Com o olhar vigilante e onipresente da família, não se cresce. Crescemos quando resolvemos sozinhos nossos problemas, quando administramos entre os colegas as querelas nem sempre fáceis. Entre as crianças, inúmeras rusgas se resolvem sozinhas, os pais nem ficam sabendo, e é ótimo que assim seja.
O bullying deve ser combatido, mas não dessa forma. O preço a pagar pela suposta segurança compromete a essência de uma das funções da escola, que é aprender a viver em sociedade sem os pais e a sua proteção, evocada pela presença da câmera.
Na sala de aula e no pátio da escola, cada um vale por si. É preciso aprender a respeitar e ser respeitado. Nós todos já passamos por isso e sabemos como era difícil. Não existe outra forma, é isso ou a infantilização perpétua. A transição da casa para a escola nunca vai ser amena.
 Essa proposta de vigilância não se ancora em razões pedagógicas, e sim na angústia dos pais em controlar seus filhos. Não creio que seja a escola que reivindica câmeras, mas quem a paga. São os pais inseguros que querem estender seu olhar para onde não devem. Existe uma correlação forte entre pais controladores e filhos imaturos, adolescentes eternos que demoram para assumir responsabilidades. É possível cuidar dos nossos filhos mesmo permitindo a eles experiências longe dos nossos olhos. A escola é deles, esse é o seu espaço e seu desafio. A escola ajuda seus filhos a crescer e eles não estão sozinhos, os professores estão lá, acredite neles. Puxe da memória, muito do que somos foi por ter enfrentado o pátio.
 
            26.  Assinale a alternativa que indica a temática do texto é a colocação de câmeras de vigilância
a)   no trânsito
b)  na escola
c)  nas casas
d) nas ruas
           
27.  Assinale a alternativa que indica a posição do escritor em relação ao assunto
a) é favorável a colocação de câmeras nas escolas
b) é  contrário a colocação de câmeras na escola
c) é contrário a colocação de câmaras para combate de crimes
d) é contra o combate do bullying
 
28.  Assinale o argumento usado pelo autor do texto para justificar a sua posição
a) a segurança do aluno não pode comprometer a função primeira da escola que é ensinar a se socializar e a conviver
b) o bullying deve ser combatido com o uso de câmaras
c) as câmaras acabarão com a infantilização das crianças
d) as câmaras contribuirão para as crianças assumirem suas responsabilidades
 
            29.  Assinale a única alternativa que não se constitui em argumento usado pelo autor para defender sua posição.
a) As câmaras interferem negativamente no processo de ensino e aprendizagem
b) As câmaras transformarão as crianças em adultos infantilizados
c) A escola é um espaço que desafia os sujeitos a evoluírem em suas relações, tornando os sujeitos em serem autônomos.
d) Não dá para acreditar nos professores
 
            30. Assinale a alternativa em que não podemos perceber a presença do autor
a)  Isso me tornou sensível a propostas que tentam diminuir o mal-estar na vida escolar.
b)  Não creio que seja a escola que reivindica câmeras, mas quem a paga.
c)  Crescemos quando resolvemos sozinhos nossos problemas, quando administramos entre os colegas as querelas nem sempre fáceis.
d)  As câmeras de vigilância estão em todos os lugares.
 
                                                                                                                                                                                                        Qual é a sua opinião sobre esse assunto?  Faça um texto tentando argumentar a sua posição favorável ou não a instalação de câmeras de vigilância nos pátios e em sala de aula.  Não esqueça de colocar título no texto.
 

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente! Parabéns! Muito obrigada.