segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

FUJA DA IDIOTICE
Humor é coisa séria - MARTHA MEDEIROS ZH- 25/11/2017 - 03h00min.
            Um dia desses, um amigo me enviou uma piadinha por whatsapp e eu não  respondi nada, que é o máximo de educação que eu consigo manter diante  de uma foto bizarra acompanhada de um trocadilho infame. Ele deveria ter  se tocado que não agradou e deixado por isso mesmo, mas resolveu cobrar  pelo meu silêncio: pô, humor tem que ser sempre inteligente?  
Que eu saiba, só existe humor na inteligência. Na falta dela, reside a idiotice.  
 Eu sei, eu sei. Estou parecendo extremamente mal-humorada, mas diante  desta histeria coletiva de se mandar duzentas mil gracinhas para os  grupos de whatsapp, é preciso ficar atento. Quando fazemos parte de uma  turma íntima, vá lá, a idiotice pode funcionar como uma válvula de  escape para as tensões do dia a dia, além de ser uma forma de manter  contato – a troca de piadas tolas substitui a cervejinha no fim de tarde  que não se teve tempo de tomar. Em todo caso, é bom cuidar para que a  bobajada intramuros não vire alienação irreversível.      
Humor  bom é humor crítico. Pense na Escolinha do Professor Raimundo e na Porta  dos Fundos, por exemplo. Duas épocas e duas linguagens completamente  diferentes, mas a crítica está ali, no subtexto. Uma é mais popular e  alegórica, a outra é mais ácida e realista, mas ambas prestam homenagem à  sua, à minha, à nossa inteligência. 
O humor combate a  hipocrisia. O humor é uma via de transcender a mediocridade. O humor  estimula o raciocínio e a reflexão. O humor desestabiliza. O humor  ridiculariza o status quo. O humor empodera movimentos (“Homem não gosta  de calcinha bege. Poxa, manda ele usar uma cor-de-rosa então”). O humor  nos insulta e nos obriga a rir de nós mesmos, nos reposicionando no  mundo de uma forma menos solene e mais humana. É o antídoto mais eficaz  contra a arrogância. 
Inverter o estabelecido: transformar o  notável em banal, o defeito em virtude, a derrota em vitória. O olhar  renovado para velhas convicções desperta a nossa consciência e solta o  nosso riso, seja através da paródia, da sátira, da imitação, da ironia,  do exagero, do besteirol. Até mesmo aquilo que é engraçado sem querer (o  uso de um chapéu totalmente sem noção, por exemplo, ou se desequilibrar  e cair da cadeira) tem uma espontaneidade que quebra o protocolo.  
Qual a quebra de protocolo que há no trocadilho? É um humor tão simplório que até constrange.  
Pra  quem deseja ir mais fundo no assunto, vale a pena ler o livro “A  doença, o sofrimento e a morte entram num bar”, do português Ricardo  Araújo Pereira. Ajuda a entender que o humor serve para acordar os  neurônios, não para anestesiá-los, e que a ignorância só produz sorrisos  amarelos.  

1. Assinale a alternativa que indica o fato que desencadeou o texto:
a) o recebimento de um piada pouco inteligente.
b) o envio de uma piada politicamente incorreta.
c) um trocadilho.
d) A indicação de leitura de um livro
e) um antídoto contra a ignorância.

2. No final, a autora:
a) se posiciona a favor de todo tipo de piada
b) recomenda a leitura de um livro interessante sobre o assunto o qual ajuda a entender a serventia do humor
c) produz sorrisos  amarelos.
d) Diz que o humor constrange.

3. Assinale a alternativa em que não aparece um posicionamento da autora.
a) só existe humor na inteligência.
b) Humor  bom é humor crítico.
c) O humor combate a  hipocrisia
d) Um dia desses, um amigo me enviou uma piadinha por whatsapp.
e) É o antídoto mais eficaz  contra a arrogância

4. Segundo a autora o humor idiota deve receber que atitude como resposta:
a)  ser ignorado
b) responder desacatando
c) comentar criticando
d) ser aceito normalmente

5. Assinale a alternativa em que aparece uma comparação
a) “Pra  quem deseja ir mais fundo no assunto.”
b) “ O humor  nos insulta e nos obriga a rir de nós mesmos.”
c) “A idiotice pode funcionar como uma válvula de escape para as tensões do dia a dia.”
d) “A troca de piadas tolas substitui a cervejinha no fim de tarde”.

6. Segundo o texto o humor só não deve:
a) Inverter o estabelecido
b) combater a  hipocrisia
c) estimular o raciocínio e a reflexão.
d) provocar alienação
e) nos reposicionar no  mundo de uma forma menos solene e mais humana.

7. Leia as afirmativas a seguir referentes a  frase: “Humor  bom é humor crítico.” e componha a resposta correta assinalando:
I. O sujeito da frase é “ Humor”
II. A classificação é sujeito composto
III. O predicado da frase é:  “ humor crítico”.
IV. O predicado é verbal

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I e III estiverem corretas
e) Se nenhuma das alternativas estiverem corretas.

8. . Leia as afirmativas a seguir e a explicação posterior e componha a resposta correta assinalando:
I. Ele deveria ter  se tocado que não agradou e deixado por isso mesmo, mas resolveu cobrar  pelo meu silêncio. – A expressão em destaque dá ideia de adversidade.
II. Na frase: “Ambas prestam homenagem à  sua, à minha, à nossa inteligência.”(final do 3º parágrafo)  - se refere as formas de humor veiculadas por dois programas.
III. Na frase: “Que eu saiba” o verbo saber está empregado no presente do indicativo.
IV. Pela estrutura do texto podemos dizer que é uma crônica argumentativa.

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I, II e IV estiverem corretas
e) Se somente as alternativas I estiver correta.

9. Leia as afirmativas a seguir e a explicação posterior e componha a resposta correta assinalando:
I. Humor  bom é humor crítico – Na frase a expressão em destaque funciona como advérbio de afirmação
II.  Na frase: “Eu sei”. Podemos identificar um verbo da 1ª conjugação.
III. Na frase: “O humor combate a  hipocrisia.” As expressões em destaque funcionam como objeto direto do verbo combater.
IV. Humor  bom é humor crítico. – o predicado é nominal

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I, II e IV estiverem corretas
e) Se somente as alternativas I estiver correta.

10. Assinale a alternativa que não indica um tipo de humor
a) paródia
b) da sátira,
c) a comédia
d) a narrativa
e) o humor negro.

11 Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pela mesma regra da palavra: silêncio
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída
12. A regra que justifica a acentuação da sequência da resposta da questão anterior é:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

13. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentuam pela mesma regra da palavra: íntima
a) Máximo crítica antídoto alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

14. A sequência das palavras a seguir é acentuada -  Máximo crítica antídoto  alegórica  - por serem:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

15.Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentuam pela mesma regra da palavra: vitória
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

16. A regra que justifica a acentuação da sequência da resposta da questão anterior é:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

17. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem oxítonas terminadas em O.E.A.
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

18 Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem paroxítona terminada em l.
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

19. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem hiatos;
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

20. Assinale a alternativa que indica a regra que justifica a acentuação da palavra: além.
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

Texto 2
O DEFEITO
 Note algo muito curioso. É o defeito que faz a gente pensar. Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem calmamente, ouvindo música, sem sequer pensar que automóveis têm motores. O que não é problemático não é pensado. Você nem sabe que tem fígado até o momento em que ele funciona mal. Você nem sabe que tem coração até que ele dá umas batidas diferentes. Você nem toma consciência do sapato, até que uma pedrinha entre lá dentro. Quando está escrevendo, você se esquece da ponta do lápis até que ela quebra.
 Você não sabe que tem olhos - o que significa que eles vão muito bem. Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal. Da mesma forma que você não toma consciência do ar que respira, até que ele começa a feder... Fernando Pessoa diz que “pensamento é doença dos olhos”. É verdade, mas nem toda. O mais certo seria “pensamento é doença do corpo”.
Todo pensamento começa com um problema. Quem não é capaz de perceber e formular problemas com clareza não pode fazer ciência. Não é curioso que nossos processos de ensino de ciência se concentrem mais na capacidade do aluno para responder? Você já viu alguma prova ou exame em que o professor pedisse que o aluno formulasse o problema? (...) Frequentemente, fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.”  
(ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1995.)

21. Assinale a alternativa que indica a correta temática do texto.
a) a percepção dos defeitos
b) Quem não é capaz de perceber e formular problemas com clareza não pode fazer ciência.
c) Todo pensamento começa com um problema.
d) a forma de se resolver problemas
e) Os alunos e a ciências

22.Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem”
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

23. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

24. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: Você não sabe que tem olhos
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

25. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: Você não sabe que tem olhos
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

26. Leia a frase: “pensamento é doença dos olhos”. e assinale a alternativa que indica a correta classificação do predicado.
a) verbal
b) nominal
c) verbo nominal

27. Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente na frase: : “pensamento é doença dos olhos”.
a) comparação
b) metáfora
c) hipérbole
d) sinestesia
e) personificação

28. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal.
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

29. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal.”
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

30. Assinale a justificativa do acento do verbo ter na frase: “E em sequer pensar que automóveis têm motores”.
a) por estar no singular
b) por estar no plural.

31. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

32. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração coordenada sindética explicativa

33. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adjetiva restritiva
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

34. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

Leia o texto seguinte:
Levantamento inédito com dados da Receita revela quantos são, quanto ganham e no que trabalham os ricos brasileiros que pagam impostos. (…) Entre os nove que ganham mais de 10 milhões por ano, há cinco empresários, dois empregados do setor privado, um que vive de rendas. O outro, quem diria, é servidor público.

35. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir :”Os ricos brasileiros que pagam impostos”
a) oração subordinada adjetiva restritiva
b) oração subordinada adjetiva explicativa
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

36. Na frase: O outro, quem diria, é servidor público as expressões em destaque vem entre vírgulas porque se constituem em um:
a) aposto
b) vocativo

37. O fracasso do ensino das Ciências só não se deve por:
a) ensino de ciência se concentrem mais na capacidade do aluno para responder
b) a incapacidade de formular problemas reais a serem respondidos.
c) incompreensão dos problemas reais e suas soluções
e)ao desenvolvimento da capacidade de formular e responder problemas reais.


38. No primeiro quadro encontramos um por que separado. Assinale a alternativa que indica a justificativa de seu emprego:
a) início de pergunta ou início de frases interrogativas.
b) no meio de frases como resposta e passível de ser substituído por pois.
c) no final de perguntas.
d) no meio de frases como pronome relativo

39. No segundo quadro encontramos um porque junto. Assinale a alternativa que indica a justificativa de seu emprego:
a) início de pergunta ou início de frases interrogativas.
b) no meio de frases como resposta e passível de ser substituído por pois.
c) no final de perguntas.
d) no meio de frases como pronome relativo

O brasileiro não lê
Danilo Venticinque
O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.
O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.
O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.
O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.
O brasileiro não lê – e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.
O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes – que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.
O brasileiro não lê – e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem.
Na semana passada, mais de 40 mil brasileiros (que não leem) eram esperados no Fórum das Letras de Ouro Preto. Eu estava lá. Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores. Um debate inútil, já que o brasileiro não lê. A partir desta semana, entre 6 e 16 de junho, a Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP) deve receber mais de 500 mil pessoas. Na próxima segunda-feira (10), começa a venda de ingressos para a cultuada Festa Literária Internacional de Paraty, que inspirou festivais semelhantes em várias outras cidades do país. Haja eventos literários para os brasileiros que não leem.
Na pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses. É compreensível, num país em que há poucas livrarias, as bibliotecas públicas estão abandonadas e 20% das pessoas entre 15 e 49 anos são analfabetas funcionais. Mas há outra metade. São 88,2 milhões de leitores. Alguns se dedicam mais à leitura; outros, provavelmente a maior parte deles, são leitores ocasionais. Há um enorme potencial para crescimento, mas já é um número animador.
Os brasileiros começaram a ler. Falta começar a mudar o discurso. Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura. Espalhar clichês pessimistas não vai fazer ninguém abrir um livro.
Eu poderia ter repetido tudo isso para cada pessoa de quem ouvi a mesma frase feita. Mas resolvi escrever, porque acredito que o brasileiro lê.
http://revistaepoca.globo.com//cultura/danilo-venticinque/noticia/2013/06/o-brasileiro-nao-le.html

40. O autor do texto defende a tese de que
a) o Brasileiro lê pouco e só bobagens.
b) os poucos brasileiros que leem são os ricos.
c) os brasileiros leem, só falta mudar o discurso.
d) o preço médio do livro sofreu uma queda de 40%.
e) o Brasil é o nono maior mercado editorial do mundo.

41.No texto o negrito utilizado nas expressões “chegou ao primeiro lugar” e poucas livrariasindica
a) ironia.
b) crítica.
c) ênfase.
d) opinião.
e) informalidade.

42. Na frase “O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui.” o termo sublinhado estabelece uma relação de
a) causa
(B) conclusão.
(C) finalidade.
(D) comparação.
(E) adversidade.

43. Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do autor?
a) “Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares.”
b) “Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002.”
c) “Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores.”
d) “Na pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses.”
e) “Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura.”

BRAGA, Jorge. O Popular, Goiânia.
 
44. Infere-se do texto que o eleitor está
a) censurando a política partidária nacional.
b) descontente com o assédio dos candidatos.
c) reclamando do excesso de candidatos a cargos políticos.
d) desinteressado em conhecer pessoalmente os candidatos.
e) criticando o excesso de assédio do eleitor para com os políticos.



L

Leia o texto abaixo e, a seguir, responda:
Acrobata da Dor
Cruz e Sousa
Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa nessas macabras piruetas d'aço... E embora caias sobre o chão, fremente, afogado em teu sangue estuoso e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Gavroche - palavra francesa que significa “os garotos de Paris”
Clown - proveniente do inglês, “palhaço”.
Retesar – esticar, tornar rijo.
Estuoso - tempestuoso; agitado.
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTU1MzUw/. Acesso em: 04/11/2013.

45. O tema do poema é
a) a violência da dor.
b) a tristeza do coração.
c) a dissimulação da dor.
d) a agonia de um palhaço.
e) a gargalhada de um palhaço.

46. Leia as frases e complete a, à as e às, segundo as normas de emprego da crase e depois assinale a resposta correta;
I Voltamos ___ casa antes da chuva.
II. Após ___ compras, retornemos ___ casa de tua avó.
III. De volta ___ terra, o pescador descansou.
IVA medalha foi dada ___ aluna mais aplicada, mas não ___ qualquer aluna.
V. Pedrinho traja-se ___ antiga.
VI. Fui ___ São Paulo, ___ tardinha.
VII.  Sentei-me ___ beira do rio e passei ___ meditar.

a) a – as, à – a – à, a – à – a, à- à, a
b) à – às, a – à – a, a – a-a, a – a –a
c) a – às, a – a – a, a – a – a, a – a ,a


47.Em “eu também não obedecia à minha mãe”, analise a questão que melhor justifique o emprego da crase:
a) Antes de pronomes possessivos masculinos há o uso obrigatório da crase.
b) O uso da crase é opcional, pois geralmente o acento indicador da existência de crase é facultativo FUJA DA IDIOTICE
Humor é coisa séria - MARTHA MEDEIROS ZH- 25/11/2017 - 03h00min.
            Um dia desses, um amigo me enviou uma piadinha por whatsapp e eu não  respondi nada, que é o máximo de educação que eu consigo manter diante  de uma foto bizarra acompanhada de um trocadilho infame. Ele deveria ter  se tocado que não agradou e deixado por isso mesmo, mas resolveu cobrar  pelo meu silêncio: pô, humor tem que ser sempre inteligente?  
Que eu saiba, só existe humor na inteligência. Na falta dela, reside a idiotice.  
 Eu sei, eu sei. Estou parecendo extremamente mal-humorada, mas diante  desta histeria coletiva de se mandar duzentas mil gracinhas para os  grupos de whatsapp, é preciso ficar atento. Quando fazemos parte de uma  turma íntima, vá lá, a idiotice pode funcionar como uma válvula de  escape para as tensões do dia a dia, além de ser uma forma de manter  contato – a troca de piadas tolas substitui a cervejinha no fim de tarde  que não se teve tempo de tomar. Em todo caso, é bom cuidar para que a  bobajada intramuros não vire alienação irreversível.      
Humor  bom é humor crítico. Pense na Escolinha do Professor Raimundo e na Porta  dos Fundos, por exemplo. Duas épocas e duas linguagens completamente  diferentes, mas a crítica está ali, no subtexto. Uma é mais popular e  alegórica, a outra é mais ácida e realista, mas ambas prestam homenagem à  sua, à minha, à nossa inteligência. 
O humor combate a  hipocrisia. O humor é uma via de transcender a mediocridade. O humor  estimula o raciocínio e a reflexão. O humor desestabiliza. O humor  ridiculariza o status quo. O humor empodera movimentos (“Homem não gosta  de calcinha bege. Poxa, manda ele usar uma cor-de-rosa então”). O humor  nos insulta e nos obriga a rir de nós mesmos, nos reposicionando no  mundo de uma forma menos solene e mais humana. É o antídoto mais eficaz  contra a arrogância. 
Inverter o estabelecido: transformar o  notável em banal, o defeito em virtude, a derrota em vitória. O olhar  renovado para velhas convicções desperta a nossa consciência e solta o  nosso riso, seja através da paródia, da sátira, da imitação, da ironia,  do exagero, do besteirol. Até mesmo aquilo que é engraçado sem querer (o  uso de um chapéu totalmente sem noção, por exemplo, ou se desequilibrar  e cair da cadeira) tem uma espontaneidade que quebra o protocolo.  
Qual a quebra de protocolo que há no trocadilho? É um humor tão simplório que até constrange.  
Pra  quem deseja ir mais fundo no assunto, vale a pena ler o livro “A  doença, o sofrimento e a morte entram num bar”, do português Ricardo  Araújo Pereira. Ajuda a entender que o humor serve para acordar os  neurônios, não para anestesiá-los, e que a ignorância só produz sorrisos  amarelos.  

1. Assinale a alternativa que indica o fato que desencadeou o texto:
a) o recebimento de um piada pouco inteligente.
b) o envio de uma piada politicamente incorreta.
c) um trocadilho.
d) A indicação de leitura de um livro
e) um antídoto contra a ignorância.

2. No final, a autora:
a) se posiciona a favor de todo tipo de piada
b) recomenda a leitura de um livro interessante sobre o assunto o qual ajuda a entender a serventia do humor
c) produz sorrisos  amarelos.
d) Diz que o humor constrange.

3. Assinale a alternativa em que não aparece um posicionamento da autora.
a) só existe humor na inteligência.
b) Humor  bom é humor crítico.
c) O humor combate a  hipocrisia
d) Um dia desses, um amigo me enviou uma piadinha por whatsapp.
e) É o antídoto mais eficaz  contra a arrogância

4. Segundo a autora o humor idiota deve receber que atitude como resposta:
a)  ser ignorado
b) responder desacatando
c) comentar criticando
d) ser aceito normalmente

5. Assinale a alternativa em que aparece uma comparação
a) “Pra  quem deseja ir mais fundo no assunto.”
b) “ O humor  nos insulta e nos obriga a rir de nós mesmos.”
c) “A idiotice pode funcionar como uma válvula de escape para as tensões do dia a dia.”
d) “A troca de piadas tolas substitui a cervejinha no fim de tarde”.

6. Segundo o texto o humor só não deve:
a) Inverter o estabelecido
b) combater a  hipocrisia
c) estimular o raciocínio e a reflexão.
d) provocar alienação
e) nos reposicionar no  mundo de uma forma menos solene e mais humana.

7. Leia as afirmativas a seguir referentes a  frase: “Humor  bom é humor crítico.” e componha a resposta correta assinalando:
I. O sujeito da frase é “ Humor”
II. A classificação é sujeito composto
III. O predicado da frase é:  “ humor crítico”.
IV. O predicado é verbal

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I e III estiverem corretas
e) Se nenhuma das alternativas estiverem corretas.

8. . Leia as afirmativas a seguir e a explicação posterior e componha a resposta correta assinalando:
I. Ele deveria ter  se tocado que não agradou e deixado por isso mesmo, mas resolveu cobrar  pelo meu silêncio. – A expressão em destaque dá ideia de adversidade.
II. Na frase: “Ambas prestam homenagem à  sua, à minha, à nossa inteligência.”(final do 3º parágrafo)  - se refere as formas de humor veiculadas por dois programas.
III. Na frase: “Que eu saiba” o verbo saber está empregado no presente do indicativo.
IV. Pela estrutura do texto podemos dizer que é uma crônica argumentativa.

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I, II e IV estiverem corretas
e) Se somente as alternativas I estiver correta.

9. Leia as afirmativas a seguir e a explicação posterior e componha a resposta correta assinalando:
I. Humor  bom é humor crítico – Na frase a expressão em destaque funciona como advérbio de afirmação
II.  Na frase: “Eu sei”. Podemos identificar um verbo da 1ª conjugação.
III. Na frase: “O humor combate a  hipocrisia.” As expressões em destaque funcionam como objeto direto do verbo combater.
IV. Humor  bom é humor crítico. – o predicado é nominal

a) Se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente as alternativas III e IV estiverem corretas
c) Se todas as alternativas estiverem corretas
d) Se somente as alternativas I, II e IV estiverem corretas
e) Se somente as alternativas I estiver correta.

10. Assinale a alternativa que não indica um tipo de humor
a) paródia
b) da sátira,
c) a comédia
d) a narrativa
e) o humor negro.

11 Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pela mesma regra da palavra: silêncio
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída
12. A regra que justifica a acentuação da sequência da resposta da questão anterior é:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

13. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentuam pela mesma regra da palavra: íntima
a) Máximo crítica antídoto alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

14. A sequência das palavras a seguir é acentuada -  Máximo crítica antídoto  alegórica  - por serem:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

15.Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentuam pela mesma regra da palavra: vitória
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

16. A regra que justifica a acentuação da sequência da resposta da questão anterior é:
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

17. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem oxítonas terminadas em O.E.A.
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

18 Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem paroxítona terminada em l.
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

19. Assinale a alternativa cuja sequência de palavras se acentua pelo fato de serem hiatos;
a) Máximo crítica antídoto íntima  alegórica
b)Neurônios arrogância. Consciência paródia
c)Notável irreversível difícil
d) Através está português
e) Araújo saúde saída

20. Assinale a alternativa que indica a regra que justifica a acentuação da palavra: além.
a) Oxítona terminada em O, E, A
b) Oxítona terminada em: em ou éns
c) paroxítona terminada em ditongo crescente
d) paroxítona terminada em l
e) proparoxítonas.

Texto 2
O DEFEITO
 Note algo muito curioso. É o defeito que faz a gente pensar. Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem calmamente, ouvindo música, sem sequer pensar que automóveis têm motores. O que não é problemático não é pensado. Você nem sabe que tem fígado até o momento em que ele funciona mal. Você nem sabe que tem coração até que ele dá umas batidas diferentes. Você nem toma consciência do sapato, até que uma pedrinha entre lá dentro. Quando está escrevendo, você se esquece da ponta do lápis até que ela quebra.
 Você não sabe que tem olhos - o que significa que eles vão muito bem. Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal. Da mesma forma que você não toma consciência do ar que respira, até que ele começa a feder... Fernando Pessoa diz que “pensamento é doença dos olhos”. É verdade, mas nem toda. O mais certo seria “pensamento é doença do corpo”.
Todo pensamento começa com um problema. Quem não é capaz de perceber e formular problemas com clareza não pode fazer ciência. Não é curioso que nossos processos de ensino de ciência se concentrem mais na capacidade do aluno para responder? Você já viu alguma prova ou exame em que o professor pedisse que o aluno formulasse o problema? (...) Frequentemente, fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.”  
(ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo: Brasiliense, 1995.)

21. Assinale a alternativa que indica a correta temática do texto.
a) a percepção dos defeitos
b) Quem não é capaz de perceber e formular problemas com clareza não pode fazer ciência.
c) Todo pensamento começa com um problema.
d) a forma de se resolver problemas
e) Os alunos e a ciências

22.Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem”
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

23. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “Se o carro não tivesse parado, você teria continuado sua viagem
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

24. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: Você não sabe que tem olhos
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

25. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: Você não sabe que tem olhos
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

26. Leia a frase: “pensamento é doença dos olhos”. e assinale a alternativa que indica a correta classificação do predicado.
a) verbal
b) nominal
c) verbo nominal

27. Assinale a alternativa que indica a figura de linguagem presente na frase: : “pensamento é doença dos olhos”.
a) comparação
b) metáfora
c) hipérbole
d) sinestesia
e) personificação

28. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal.
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

29. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Você toma consciência dos olhos quando eles começam a funcionar mal.”
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

30. Assinale a justificativa do acento do verbo ter na frase: “E em sequer pensar que automóveis têm motores”.
a) por estar no singular
b) por estar no plural.

31. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

32. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração coordenada sindética explicativa

33. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adjetiva restritiva
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

34. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir: “ Fracassamos no ensino da ciência porque apresentamos soluções perfeitas para problemas que nunca chegaram a ser formulados e compreendidos pelo aluno.” 
a) oração coordenada assindética
b) oração principal
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

Leia o texto seguinte:
Levantamento inédito com dados da Receita revela quantos são, quanto ganham e no que trabalham os ricos brasileiros que pagam impostos. (…) Entre os nove que ganham mais de 10 milhões por ano, há cinco empresários, dois empregados do setor privado, um que vive de rendas. O outro, quem diria, é servidor público.

35. Assinale a alternativa que indica a correta classificação da oração destacada na frase a seguir :”Os ricos brasileiros que pagam impostos”
a) oração subordinada adjetiva restritiva
b) oração subordinada adjetiva explicativa
c) oração subordinada adverbial condicional
d) oração subordinada adverbial temporal
e) oração subordinada substantiva objetiva direta.

36. Na frase: O outro, quem diria, é servidor público as expressões em destaque vem entre vírgulas porque se constituem em um:
a) aposto
b) vocativo

37. O fracasso do ensino das Ciências só não se deve por:
a) ensino de ciência se concentrem mais na capacidade do aluno para responder
b) a incapacidade de formular problemas reais a serem respondidos.
c) incompreensão dos problemas reais e suas soluções
e)ao desenvolvimento da capacidade de formular e responder problemas reais.


38. No primeiro quadro encontramos um por que separado. Assinale a alternativa que indica a justificativa de seu emprego:
a) início de pergunta ou início de frases interrogativas.
b) no meio de frases como resposta e passível de ser substituído por pois.
c) no final de perguntas.
d) no meio de frases como pronome relativo

39. No segundo quadro encontramos um porque junto. Assinale a alternativa que indica a justificativa de seu emprego:
a) início de pergunta ou início de frases interrogativas.
b) no meio de frases como resposta e passível de ser substituído por pois.
c) no final de perguntas.
d) no meio de frases como pronome relativo

O brasileiro não lê
Danilo Venticinque
O brasileiro não lê. Ao menos é isso que eu tenho escutado. Por obrigação profissional e por obsessão nas horas vagas, costumo conversar muito sobre livros. Com uma frequência incômoda, não importa qual é a formação de quem fala comigo, essa frase se repete. Amigos, taxistas, colegas jornalistas, escritores e até executivos de editoras já me disseram que o brasileiro não lê.
Quando temos dificuldade para entender uma frase, uma boa técnica de aprendizado é repeti-la várias vezes. Um dos meus primeiros professores de inglês me ensinou isso. Nunca pensei que fosse usar esse truque com uma frase em português. Mas, depois de ouvir tantas vezes que o brasileiro não lê, e de discordar tanto dos que dizem isso, resolvi tentar fazer esse exercício. Talvez enfim eu os entenda. Ou talvez eu me faça entender.
O brasileiro não lê, mas a quantidade de livros produzidos no Brasil só cresceu nos últimos anos. Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares. Seriam aproximadamente 2,5 livros para cada brasileiro, se o brasileiro lesse.
O brasileiro não lê, mas o país é o nono maior mercado editorial do mundo, com um faturamento de R$ 6,2 bilhões. Editoras estrangeiras têm desembarcado no país para investir na publicação de livros para os brasileiros que não leem. Uma das primeiras foi a gigante espanhola Planeta, em 2003. Naquela época, imagino, os brasileiros já não liam. Outras editoras vieram depois, no mesmo movimento incompreensível.
O brasileiro não lê, mas desde 2004 o preço médio do livro caiu 40%, descontada a inflação. Entre os motivos para a queda estão o aumento nas tiragens, o lançamento de edições mais populares e a chegada dos livros a um novo público. Um mistério, já que o brasileiro não lê.
O brasileiro não lê – e os poucos que leem, é claro, são os brasileiros ricos. Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002. Com seu sucesso, os livros conquistaram pontos de venda alternativos, como padarias, lojas de conveniência, farmácias e até açougues. As editoras têm feito um esforço irracional para levar seu acervo a mais brasileiros que não leem. Algumas já incluíram livros nos catálogos de venda porta-a-porta de grandes empresas de cosméticos. Não é preciso nem sair de casa para praticar o hábito de não ler.
O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui. Esse é o nome dado aos autores cujos livros muitos brasileiros compram e, evidentemente, não leem. Uma delas, a carioca Thalita Rebouças, já vendeu mais de um milhão de exemplares. Seus textos são escritos para crianças e adolescentes – que, como todos sabemos, trocaram os livros pelos tablets e só querem saber de games. Outro exemplo é Eduardo Spohr, que se tornou um fenômeno editorial com seus romances de fantasia. Ele é o símbolo de uma geração de novos autores do gênero, que escrevem para centenas de milhares de jovens brasileiros que não leem.
O brasileiro não lê – e, mesmo se lesse, só leria bobagens. Mas, há poucos meses, um poeta estava entre os mais vendidos do país. Em algumas livrarias, a antologia Toda poesia, de Paulo Leminski (1944-1989), chegou ao primeiro lugar. Ultrapassou a trilogia Cinquenta tons de cinza, até então a favorita dos brasileiros (e brasileiras) que não leem.
Na semana passada, mais de 40 mil brasileiros (que não leem) eram esperados no Fórum das Letras de Ouro Preto. Eu estava lá. Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores. Um debate inútil, já que o brasileiro não lê. A partir desta semana, entre 6 e 16 de junho, a Feira do Livro de Ribeirão Preto (SP) deve receber mais de 500 mil pessoas. Na próxima segunda-feira (10), começa a venda de ingressos para a cultuada Festa Literária Internacional de Paraty, que inspirou festivais semelhantes em várias outras cidades do país. Haja eventos literários para os brasileiros que não leem.
Na pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses. É compreensível, num país em que há poucas livrarias, as bibliotecas públicas estão abandonadas e 20% das pessoas entre 15 e 49 anos são analfabetas funcionais. Mas há outra metade. São 88,2 milhões de leitores. Alguns se dedicam mais à leitura; outros, provavelmente a maior parte deles, são leitores ocasionais. Há um enorme potencial para crescimento, mas já é um número animador.
Os brasileiros começaram a ler. Falta começar a mudar o discurso. Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura. Espalhar clichês pessimistas não vai fazer ninguém abrir um livro.
Eu poderia ter repetido tudo isso para cada pessoa de quem ouvi a mesma frase feita. Mas resolvi escrever, porque acredito que o brasileiro lê.
http://revistaepoca.globo.com//cultura/danilo-venticinque/noticia/2013/06/o-brasileiro-nao-le.html

40. O autor do texto defende a tese de que
a) o Brasileiro lê pouco e só bobagens.
b) os poucos brasileiros que leem são os ricos.
c) os brasileiros leem, só falta mudar o discurso.
d) o preço médio do livro sofreu uma queda de 40%.
e) o Brasil é o nono maior mercado editorial do mundo.

41.No texto o negrito utilizado nas expressões “chegou ao primeiro lugar” e poucas livrariasindica
a) ironia.
b) crítica.
c) ênfase.
d) opinião.
e) informalidade.

42. Na frase “O brasileiro não lê, mas vez ou outra aparecem best-sellers por aqui.” o termo sublinhado estabelece uma relação de
a) causa
(B) conclusão.
(C) finalidade.
(D) comparação.
(E) adversidade.

43. Em qual das citações abaixo está expressa uma opinião do autor?
a) “Na pesquisa mais recente da Câmara Brasileira do Livro, a produção anual se aproximava dos 500 milhões de exemplares.”
b) “Mas a coleção de livros de bolso da L&PM, conhecida por suas edições baratas de clássicos da literatura, vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde 2002.”
c) “Nas mesas de debates, editores discutiam maneiras de tornar o livro mais barato e autores conversavam sobre a melhor forma de chamar a atenção dos leitores.”
d) “Na pesquisa Retratos da Leitura, divulgada no ano passado, metade dos brasileiros com mais de 5 anos disse não ter lido nenhum livro nos últimos três meses.”
e) “Em vez de reclamar dos brasileiros que não leem, os brasileiros que leem deveriam se esforçar para espalhar o hábito da leitura.”

BRAGA, Jorge. O Popular, Goiânia.
 
44. Infere-se do texto que o eleitor está
a) censurando a política partidária nacional.
b) descontente com o assédio dos candidatos.
c) reclamando do excesso de candidatos a cargos políticos.
d) desinteressado em conhecer pessoalmente os candidatos.
e) criticando o excesso de assédio do eleitor para com os políticos.



L

Leia o texto abaixo e, a seguir, responda:
Acrobata da Dor
Cruz e Sousa
Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado salta, gavroche, salta clown, varado pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa nessas macabras piruetas d'aço... E embora caias sobre o chão, fremente, afogado em teu sangue estuoso e quente, ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Gavroche - palavra francesa que significa “os garotos de Paris”
Clown - proveniente do inglês, “palhaço”.
Retesar – esticar, tornar rijo.
Estuoso - tempestuoso; agitado.
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTU1MzUw/. Acesso em: 04/11/2013.

45. O tema do poema é
a) a violência da dor.
b) a tristeza do coração.
c) a dissimulação da dor.
d) a agonia de um palhaço.
e) a gargalhada de um palhaço.

46. Leia as frases e complete a, à as e às, segundo as normas de emprego da crase e depois assinale a resposta correta;
I Voltamos ___ casa antes da chuva.
II. Após ___ compras, retornemos ___ casa de tua avó.
III. De volta ___ terra, o pescador descansou.
IVA medalha foi dada ___ aluna mais aplicada, mas não ___ qualquer aluna.
V. Pedrinho traja-se ___ antiga.
VI. Fui ___ São Paulo, ___ tardinha.
VII.  Sentei-me ___ beira do rio e passei ___ meditar.

a) a – as, à – a – à, a – à – a, à- à, a
b) à – às, a – à – a, a – a-a, a – a –a
c) a – às, a – a – a, a – a – a, a – a ,a


47.Em “eu também não obedecia à minha mãe”, analise a questão que melhor justifique o emprego da crase:
a) Antes de pronomes possessivos masculinos há o uso obrigatório da crase.
b) O uso da crase é opcional, pois geralmente o acento indicador da existência de crase é facultativo antes de pronomes possessivos femininos.
c) Para saber se há crase antes do pronome possessivo feminino, basta substituí-lo por um pronome possessivo masculino: se no masculino aparecer ao ou aos, então não haverá crase no feminino.
d) A crase nunca deverá ser empregada antes de pronomes possessivos femininos.


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